LEI Nº 9.902 , DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011.
Dispõe sobre a concessão de auxílio financeiro
provenientes de emendas parlamentares ao Orçamento de 2012 - Lei nº 9.847, de 14 de dezembro de 2011, - às entidades beneficentes
que desenvolvam programas e projetos na área de saúde, e dá outras
providências.
Projeto de Lei nº
639/2011 - autoria do Executivo.
A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Fica concedido
auxílio financeiro às entidades beneficentes que prestam serviços na área da
saúde, relacionadas no Anexo I desta Lei, nos valores ali estabelecidos, para
implantação e/ou manutenção de seus programas e projetos na área de saúde, ou
ainda para investimentos visando à melhoria dos mesmos.
Parágrafo único. A concessão de auxílio financeiro de que
trata o caput deste artigo se dará
mediante convênio e nos termos das emendas parlamentares ao orçamento vigente
(Lei nº 9.847, 14 de dezembro de 2011)
e relacionadas no Anexo I desta Lei:
Art. 2º As entidades ora
contempladas receberão o auxílio financeiro de que trata o artigo anterior,
desde que:
I - apresentem Plano de Trabalho e seu orçamento,
assinado pelo Presidente e responsável do Projeto, no
prazo máximo de 30 (trinta) dias da publicação desta Lei;
II - obtenham prévia aprovação de seu Plano de Trabalho,
pela Secretaria da Saúde;
III - tenham capacidade física e humana para dar digno atendimento aos usuários da entidade, atendidos os critérios de qualidade mínima sugeridos pelo CMAS, CMDCA e FEASO;
IV - sejam declaradas de utilidade pública municipal há
mais de 02 (dois) anos;
V - não tenham fins lucrativos e/ou econômicos;
VI - tenham seus objetivos estatutários em consonância com as diretrizes e princípios da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS (Lei nº 8.742 de 07/12/93) e com os estatutos dos segmentos que atende.
VII - estejam regularmente constituídas há mais de 02 (dois) anos;
VIII - tenham um corpo associativo de contribuintes em número suficiente para manter atividades básicas da entidade, com contribuições regulares e/ou promover atividades de auto-sustentação para este fim;
XI - estejam em conformidade junto a Lei nº 12.101 de 27 de novembro de 2009, do Decreto nº 7.237 de 20 de julho de 2010 e das resoluções do CMAS nº 109 de 11 de novembro de 2010 e 16 de 05 de maio de 2010;
XII - não possuam servidores públicos nos quadros de dirigentes;
XIII - apresentem:
a) relatório de atividades do ano corrente;
b) ata da última reunião da Diretoria em exercício;
c) cópia do último balanço anual assinado pelo contador com o nº do CRC e pelo Presidente da entidade;
d) comprovante de inscrição no Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente, quando atender criança e adolescente;
e) alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária, quando for o caso;
e) relatório das atividades desenvolvidas no ano corrente;
f) ficha de cadastro no CNES - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde;
g) cópia do estatuto social registrado em Cartório;
h) cópia da ata de eleição da Diretoria legalmente constituída;
i) CNPJ;
j) cópia da Cédula de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF) do(s) representante (s) legal(ais);
i) carta de apresentação do Contador responsável, contratado ou associado, devidamente registrado no Conselho de Classe;
j) Certidão Negativa de Débito da Previdência Social - CND;
l) Certificado de Regularidade junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS;
XIV - no caso de alteração apresentar:
a) cópia do estatuto social atualizado registrado em Cartório;
b) cópia da ata de eleição da Diretoria atual legalmente constituída;
c) carta de apresentação do contador responsável, contratado ou associado, devidamente registrado no Conselho de Classe;
d) cópia do CNPJ.
Art. 3º Após a utilização dos
recursos financeiros concedidos nos termos desta Lei, as entidades deverão
fazer a prestação de contas em papel timbrado e entregá-la até 30 (trinta) dias
após o encerramento do convênio, se o repasse for feito em parcela única, prestação
essa que deverá vir acompanhada dos seguintes documentos:
I - cópias dos documentos e despesas, devidamente assinados pelo presidente da entidade, com as notas fiscais devidamente carimbadas com os seguintes dizeres: "PAGO COM RECURSOS DO CONVÊNIO COM O MUNICÍPIO DE SOROCABA/SES - PROVENIENTES DE EMENDAS PARLAMENTARES", nos moldes do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Serão aceitos holerites, notas fiscais que contenham CPF do recebedor, guias de recolhimento de impostos e contribuições em nome da entidade. Não serão aceitos recibos e os comprovantes deverão ser do período do repasse da verba;
II - relatório de atividades;
III - balancete demonstrando as receitas;
IV - Certidão Negativa de Débito da Previdência Social - CND;
V - cópia do Certificado de Regularidade junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS.
§1º Os documentos originais da prestação de contas deverão ser arquivados para fiscalização a qualquer tempo por um período de 8 anos.
§2º Se o repasse for feito em parcelas, a prestação de contas deverá ser feita mensalmente e os documentos mencionados neste artigo deverão ser referentes ao mês do repasse da verba e vir acompanhados de:
a) solicitação de pagamento indicando os recursos recebidos e relação dos pagamentos efetuados. Informar no corpo da solicitação, o nome do banco, número da agência e da conta corrente específica, onde será efetuado o depósito;
b) relação nominal dos usuários que frequentaram a entidade naquele mês, conforme modelo emitido pela SES, assinado pelo Presidente da instituição;
c) relatório mensal de atividades desenvolvidas no mês.
§3º Após a aprovação da prestação de contas mensal pela Secretaria da Saúde, será encaminhado a Secretaria de Finanças o pedido de liberação da parcela seguinte, a qual emitirá a ordem de pagamento, sendo que o recibo de depositado em conta bancária da entidade, especificamente aberta para esse fim, valerá como comprovante de pagamento.
§4º Os recursos enquanto não utilizados serão obrigatoriamente aplicados em caderneta de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igualou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês.
§5º As receitas financeiras auferidas na forma do parágrafo anterior, serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste.
§6º Os pressupostos de prestação de contas previstos neste artigo são condições para que a entidade possa celebrar novos convênios com o Município ou receba o repasse do mês seguinte.
§7º Em caso do recebimento dos recursos provenientes de emendas parlamentares em parcelas mensais, deverá ser entregue mensalmente a Certidão Negativa de Débito da Previdência Social e cópia do Certificado de Regularidade junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS. Caso as certidões estejam vencidas o pagamento será suspenso temporariamente até a devida regularização das mesmas junto à Divisão de Gestão Financeira, de Fundos e Convênios da SES.
§8º A entidade deverá, ainda, comprovar a entrega da prestação de contas e do relatório técnico à Câmara Municipal de Sorocaba, para conhecimento e fiscalização dos Senhores Vereadores.
§9º As seguintes despesas não poderão compor a prestação de contas: multas, juros e correção monetária decorrentes de pagamentos fora de prazo; empréstimos não autorizados; passagens aéreas e terrestres; hospedagem; promoção de festas e eventos; pagamento de impostos e encargos anteriores à celebração do convênio.
§10. Comprovantes de pagamento de materiais, mão de obra, pagamento de impostos e contribuições relativos à construção, reforma ou ampliação, bem como a de aquisição de material permanente, somente serão admitidos em caso de verba destinada a investimentos voltados à melhoria dos programas e projetos da entidade contemplada com recursos provenientes de emendas parlamentares.
Art. 4º A Conveniada deverá apresentar até 31 de janeiro do ano seguinte, cópia do Balanço Anual ou Demonstrativo da Receita e Despesa, com indicação dos valores repassados pela Prefeitura, referente ao exercício em que o numerário foi recebido, bem como manifestação expressa do Conselho Fiscal sobre a exatidão da aplicação do montante recebido.
Art. 5º Caberá à Secretaria da Saúde fornecer apoio
técnico à entidade conveniada, quanto à área de Saúde, bem como fiscalizar a
aplicação dos recursos e o desenvolvimento das atividades correspondentes.
Art. 6º Caberá à entidade conveniada participar de todas as reuniões programadas com antecedência pela Secretaria da Saúde, bem como fornecer todas as informações necessárias à discussão de seus planos e projetos de trabalho.
Art. 7º Não se estabelecerá nenhum vínculo de natureza trabalhista ou de qualquer espécie entre o Município e o pessoal contratado pela entidade para a execução do convênio autorizado por esta Lei.
Art. 8º O não cumprimento das normas estabelecidas nesta Lei acarretará a suspensão do convênio.
Art. 9º A prestação de contas de que trata o artigo anterior
deverá obedecer às disposições legais vigentes atinentes à matéria,
especialmente, as previstas nas Leis Federais nºs
4.320/64 e 8.666/93 (Lei de Licitações) e Lei Complementar Federal nº 101/2000
(Lei de Responsabilidade Fiscal), assim como suas alterações subsequentes, sob
pena de adoção das medidas judiciais cabíveis.
Art. 10. Fica expressamente vedado às entidades beneficiárias a
redistribuição dos recursos a outras entidades congêneres ou não, assim como a
aplicação de tais recursos em atividade diversa da prevista nesta Lei.
Art. 11. As despesas
decorrentes da execução da presente Lei correrão por conta de verbas próprias,
consignadas no orçamento de 2012 da Secretaria da Saúde e relacionadas no Anexo
I desta Lei.
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Tropeiros, em 28 de dezembro de 2011, 357º da Fundação de
Sorocaba.
VITOR LIPPI
Prefeito Municipal
LUIZ ANGELO VERRONE QUILICI
Secretário de Negócios Jurídicos
PAULO FRANCISCO MENDES
Secretário de Governo e Relações Institucionais
JOSÉ AILTON RIBEIRO
Secretário de Planejamento e Gestão
ADEMIR HIROMU WATANABE
Secretário da Saúde
WALTER ALEXANDRE PREVIATO
Secretário de Finanças em Substituição
Publicada na Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais, na data supra.
SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais.
Sorocaba, 19 de
dezembro de 2011.
SEJ-DCDAO-PL-EX-156/2011
Senhor Presidente:
Temos a honra de
encaminhar à apreciação e deliberação de Vossa Excelência e Nobres Pares, o
incluso Projeto de Lei, que dispõe sobre a concessão de auxílio financeiro
proveniente de Emendas Parlamentares ao Orçamento de 2012 - Lei nº 9.847,
de 14 de Dezembro de 2011, às entidades beneficentes que desenvolvam programas
e projetos na área de Saúde, e dá outras providências.
Anualmente, através
de Emendas feitas pelos Nobres Vereadores ao Orçamento do Município, vem sendo
concedido auxílio, mediante convênio, às entidades beneficentes e/ou
assistenciais, sem fins lucrativos, que desenvolvam programas e projetos nas
áreas de assistência social, educação, saúde, esporte, cultura e lazer,
juventude, meio ambiente, etc., desde que declaradas de utilidade pública nos
termos da Lei 444,
de 9 de agosto de 1956, com o intuito de promover melhores condições de vida à
população menos favorecida ou em situação de risco social de nossa cidade.
Após a aprovação do
Orçamento anual pelo Legislativo com as respectivas Emendas e a publicação da
Lei Orçamentária, através de Decreto do Executivo que estabelece os requisitos
a serem preenchidos pelas entidades para fazer jus ao auxílio e, mediante prévia
aprovação pela Secretaria da Saúde, do Plano de Trabalho e da documentação
apresentados pela Entidade, bem como a assinatura de termo de Convênio, o
benefício é concedido.
Ocorre que, nos
termos do disposto no artigo 26, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade fiscal, a concessão de recursos públicos para o setor privado,
deverá ser autorizada por Lei específica, não bastando que a despesa esteja
prevista na Lei Orçamentária.
Assim, embora a
concessão de auxílio proveniente de Emendas Parlamentares às entidades que
desenvolvem programas e projetos na área de saúde, através de convênio a ser
celebrado com a Secretaria da Saúde, já esteja previsto na Lei nº 9.847,
de 14 de dezembro de 2011, que aprovou o orçamento do Município para o
exercício de 2012, o presente Projeto tem por objetivo, atender às disposições
contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal e à recomendação feita pelo
Ministério Público local.
Estando dessa
forma, plenamente justificada a presente proposição, posto que de relevante
interesse público a finalidade a que se destina, esperamos contar com o apoio
de Vossa Excelência e Dignos Pares para a transformação do Projeto em Lei, em
regime de urgência, conforme estabelecido na Lei Orgânica do Município,
reiterando nossos protestos de elevada estima e consideração.
Atenciosamente.
VITOR LIPPI
Prefeito Municipal
Ao
Exmo. Sr.
MÁRIO MARTE MARINHO
JÚNIOR
DD. Presidente da
Câmara Municipal de
SOROCABA
PL Emendas 2012
SAUDE.