LEI
Nº 13.327, DE 18 DE SETEMBRO DE 2025.
Dispõe sobre denominação de “CRAS Aparecidinha -
José Maria Martins de Oliveira" a um próprio público e dá outras
providências.
Projeto
de Lei nº 567/2025 – autoria do Vereador Cristiano Anunciação dos Passos.
A
Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
Art.
1º Fica denominado “José Maria Martins de Oliveira” o CRAS Aparecidinha,
situado na Rua do Terço, s/n, Aparecidinha.
Art.
2º A placa indicativa conterá, além do nome, a expressão Cidadão Emérito.
Art.
3º As despesas decorrentes da execução da presente Lei correrão por conta de
verba orçamentária própria.
Art.
4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio
dos Tropeiros “Dr. José Theodoro Mendes”, em 18 de setembro de 2025, 371º da
Fundação de Sorocaba.
RODRIGO
MAGANHATO
Prefeito
Municipal
DOUGLAS
DOMINGOS DE MORAES
Secretário
Jurídico
AMÁLIA
SAMYRA TOLEDO EGÊA
Secretária
de Governo
ANA
CLAUDIA MARTINI FAUAZ
Secretária
da Cidadania
MAURÍCIO
AUGUSTO COIMBRA CAMPANATI
Secretário
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano
Publicada
na Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais, na data supra.
ANA
CAROLINA GOMES DOS SANTOS
Chefe
da Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais
Esse texto não substitui o publicado no
DOM em 24.09.2025
JUSTIFICATIVA:
A
presente propositura tem como objetivo homenagear a memória do senhor José
Maria Martins de Oliveira, cidadão sorocabano que, com sua trajetória de vida
marcada pelo trabalho árduo, dedicação à família e contribuição concreta ao
desenvolvimento urbano e cultural do município, deixou um legado digno de ser
perpetuado.
Nascido
em 29 de março de 1952, no então Sítio dos Martins, hoje atual bairro Topázio,
localizado na região de Aparecidinha, o senhor José Maria, carinhosamente
conhecido como Zé Maria, foi registrado no Cartório de Brigadeiro Tobias. Filho
de Salvador Martins de Oliveira e Benedita Mascarenhas Monteiro, foi casado com
Maria Conceição Martins de Oliveira, com quem teve dois filhos.
Desde
muito jovem, aos 8 anos de idade, começou a trabalhar na roça para contribuir
com o sustento da família. Aos 15 anos, aprendeu o ofício da construção civil,
profissão que passou a exercer com afinco por toda a vida. Não se tem um número
exato de construções realizadas por suas mãos, mas estima-se que o senhor Zé
Maria tenha participado da edificação de mais de 200 residências e
estabelecimentos na cidade de Sorocaba deixando sua marca não apenas em
alicerces e paredes, mas também nas histórias de vida de incontáveis famílias,
profissionais e empreendedores.
Profissional
respeitado, foi mestre de obra e professor informal de muitos aprendizes, entre
eles seu próprio filho, perpetuando assim o conhecimento de um ofício digno e
honroso. Diversos relatos de antigos colegas e aprendizes destacam a gratidão
por terem tido a oportunidade de aprender com ele a construir não apenas
estruturas, mas vidas sustentadas por trabalho honesto.
Zé
Maria também era profundamente ligado à comunidade do bairro Aparecidinha, onde
está sepultada toda a sua família, desde seu bisavô Pedro Monteiro —
responsável por trazer tropas de muares da região sul do país e que ali se
estabeleceu após se apaixonar por “Nhá Candinha”. Essa herança tropeira
influenciou sua vida: além de lidar com animais com habilidade, participou da
produção do filme “Quelé do Pajeú”, dirigido por Anselmo Duarte e estrelado por
Tarcísio Meira, cuidando dos equinos utilizados nas filmagens gravadas em
Aparecidinha, além de ter atuado como figurante. Também participou de outras
produções, como “Um Anjo Mau”, com Adriana Prieto e Francisco Di Franco.
No
futebol, sua outra grande paixão, jogou por praticamente todos os times do
bairro, sendo inclusive um dos fundadores de alguns deles fortalecendo os laços
esportivos e sociais da comunidade.
Vítima
da pandemia da COVID-19, sua partida causou grande comoção entre familiares,
amigos e a comunidade local. Seu legado, no entanto, permanece vivo nas
construções que realizou, nos profissionais que formou, nos filhos que criou,
na cultura que ajudou a preservar e nas amizades que cultivou.
Por
todos esses motivos, é justa e necessária a homenagem à memória de José Maria
Martins de Oliveira, um verdadeiro símbolo do trabalho, da solidariedade e da
contribuição silenciosa, mas essencial, para o crescimento e identidade de
Sorocaba.