LEI
Nº 13.303, DE 4 DE SETEMBRO DE 2025.
Institui
como patrimônio cultural imaterial do Município de Sorocaba, a Feria de Sevilla em Sorocaba e dá
outras providências.
Projeto
de Lei nº 315/2025 – autoria do Vereador FERNANDO ALVES LISBOA DINI.
A
Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
Art.
1º Fica instituído como Patrimônio Cultural Imaterial do Município de Sorocaba,
a Feria de Sevilla em Sorocaba.
Art.
2º As despesas com a execução da presente Lei correrão por conta de verba
orçamentária própria.
Art.
3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio
dos Tropeiros “Dr. José Theodoro Mendes”, em 4 de setembro de 2025, 371º da
Fundação de Sorocaba.
RODRIGO
MAGANHATO
Prefeito
Municipal
DOUGLAS
DOMINGOS DE MORAES
Secretário
Jurídico
AMÁLIA
SAMYRA TOLEDO EGÊA
Secretária
de Governo
LUIZ
ANTÔNIO ZAMUNER
Secretário
de Cultura
Publicada
na Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais, na data supra.
ANA
CAROLINA GOMES DOS SANTOS
Chefe
da Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais
Esse texto não substitui o publicado no DOM em 09.09.2025
JUSTIFICATIVA:
O
presente Projeto de Lei tem por objetivo preservar e dar o devido valor para a
Feria de Sevilla em Sorocaba, que é um rico e inestimável patrimônio da nossa
sociedade.
A
Feria de Sevilla em Sorocaba é um projeto criado em 2007 pela bailarina Thalma
Di Lelli, proprietária da Sala Tablado Flamenco,
escola especializada em dança flamenca, desde 1997, na cidade de Sorocaba.
A
ideia inicial foi a demostrar para os alunos o porquê de se bailar por Sevillanas e também mostrar a
origem desse baile.
A
Feira de Sevilha, na Espanha, também conhecida como Feria de Abril, é uma das festas mais populares daquela
localidade. Criada em 1847 como uma feira pecuária, ao longo do tempo, o
aspecto festivo do evento acabou por se impor na parte comercial, até se tornar
um encontro imprescindível para os sevilhanos.
Celebra-se,
normalmente, uma ou duas semanas depois da Semana Santa. É única no mundo e a
dança, a gastronomia e a música formam parte do ambiente festivo que se respira
na cidade.
Ciente
de que Sorocaba tem a segunda maior colônia de espanhóis do estado de São
Paulo, Thalma decidiu que o evento seria realizado na Vila Hortência, um dos
bairros mais tradicionais da cidade e onde se instalou a referida colônia e
seus descendentes.
Assim,
a primeira e segunda edição aconteceram numa casa da Vila Hortência e, devido
ao grande público que prestigiou os primeiros eventos, foi necessário
transferir a Feria para um
local maior, no caso, o Salão de Festas da Igreja Bom Jesus dos Aflitos, onde,
desde então, tem sido realizada.
Desde
o início também houve a preocupação de envolver os moradores do bairro no
evento, fazendo então, um desfile pelas ruas, que inicialmente foi feito à
noite e com charretes.
A
partir do ano de 2010, após visita à Real
Feria de Abril em Sevilla, na Espanha, adotou-se o costume de fazer o
desfile no período da manhã, com as bailarinas descendo a Rua Nogueira Padilha
vestidas com traje de flamenca e bailando por Sevillanas
em pontos estratégicos da via!
A
Feria de Sevilla em Sorocaba também tem um caráter beneficente, pois é
realizada em parceria com a Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, sendo que parte dos
recursos arrecadados são destinados para as obras assistenciais da paróquia.
E
assim, a Feria de Sevilla em Sorocaba segue sendo realizada por todos esses
anos, contando, conhecendo e colecionando histórias dos espanhóis que vieram
para Sorocaba e seus descendentes!
Nas
palavras de Thalma Di Lelli, “O mesmo ímpeto,
objetivo e missão do início, nunca morreram ao longo de todos esses anos e a
Feria de Sevilla tem se tornado um marco na vida do bairro da Vila Hortência,
onde já é esperada anualmente pelos moradores e por nós que ali temos a honra
de pisar e bailar onde a presença espanhola se fez e continua viva!”
Portanto,
ante a importância de promover e proteger a história do nosso povo, pretende-se
com este Projeto de Lei o reconhecimento e a consequente declaração legal da Feria de Sevilla em Sorocaba como
Patrimônio Cultural Imaterial da cidade.