LEI Nº 13.165, DE 19 DE MARÇO DE 2025.
Dispõe sobre denominação de "Antônio
Dalboni” uma área pública “Praça” e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 103/2025 – autoria do
Vereador ANTONIO CARLOS SILVANO JUNIOR.
A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu
promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Fica denominada "Antônio
Dalboni” uma área pública “Praça”, localizada entre as ruas Roque Nunes e a Rua
João Rodrigues da Cunha, Pq. São Bento.
Art. 2º
A placa indicativa conterá, além do nome, a expressão "Praça do
Antônio".
Art. 3º
As despesas decorrentes da execução da presente Lei correrão por conta
de verba orçamentária própria.
Art. 4º
Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Tropeiros “Dr. José Theodoro
Mendes”, em 19 de março de 2025, 370º da Fundação de Sorocaba.
RODRIGO MAGANHATO
Prefeito Municipal
DOUGLAS DOMINGOS DE MORAES
Secretário Jurídico
AMÁLIA SAMYRA TOLEDO EGÊA
Secretária de Governo
MAURÍCIO AUGUSTO COIMBRA CAMPANATI
Secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Urbano
Publicada na Divisão de Controle de
Documentos e Atos Oficiais, na data supra.
ANA CAROLINA GOMES DOS SANTOS
Chefe da Divisão de Controle de Documentos e
Atos Oficiais
em substituição
Esse texto não substitui o
publicado no DOM em 20.03.2025.
JUSTIFICATIVA:
Antônio Dalboni nasceu em Ribeirão Claro/PR,
no dia 3 de março de 1938. Desde jovem, trabalhou como agricultor em fazendas
de café e, posteriormente, na construção civil, atuando como carpinteiro em
diversas obras no Estado de São Paulo. Em 1977, mudou-se para Sorocaba e, pouco
tempo depois, trouxe sua esposa e sete filhos para viver com ele na cidade.
Em 1987, Antônio e parte de sua família se
estabeleceram no Parque São Bento. Nessa época, ingressou em uma empresa
terceirizada de Aramar, em Iperó/SP, onde seguiu sua profissão de carpinteiro
até se aposentar em 1997. Durante seus anos de trabalho, conquistou não apenas
amigos, mas também um vínculo especial com um deles, que o considerava como um
verdadeiro pai.
A perda de sua esposa, em 1999, foi um
momento marcante na vida de Antônio. A partir de então, ele passou a dedicar
seus momentos de lazer a cuidar do terreno em frente à sua casa, roçando o
local e plantando árvores para mantê-lo ordenado. Esse terreno acabaria se
tornando uma praça, um espaço que seria apreciado pela comunidade que ele tanto
amava.
Com o passar dos anos, já perto dos 80 anos,
Antônio recebeu a companhia do irmão gêmeo, João, também viúvo, que se mudou de
Jundiaí/SP para a casa ao lado. Juntos, passavam o tempo conversando e se
confortando mutuamente. Sentavam-se em um banco de madeira feito por Antônio,
sob a sombra de uma árvore que ele havia plantado anos antes, um pé de dama da
noite que hoje se tornou frondoso.
Antônio foi um homem querido por todos ao seu
redor, especialmente pelos vizinhos, que guardam boas memórias de sua
convivência. Quando faleceu, em 31 de maio de 2024, aos 86 anos, ele deixou
mais do que recordações: deixou como legado algumas árvores que ele plantou com
tanto carinho. Um pé de amora, por exemplo, tornou-se um símbolo de sua
presença na comunidade, com seus galhos fortes onde crianças brincam em um
balanço, vizinhos se abrigam à sombra e pássaros se alimentam dos frutos. Essas
árvores, além de embelezarem o local, são um reflexo do amor e cuidado que
Antônio dedicou a sua família e a sua comunidade durante toda a sua vida.