LEI Nº 11.712, DE 11 DE MAIO DE 2018
Dispõe sobre denominação de "MARCOS ANTÔNIO DE
CAMPOS" a um próprio municipal e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 77/2018 - autoria do Executivo.
A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Fica denominado de "MARCOS ANTÔNIO DE CAMPOS" o Canil da Guarda Municipal, localizado à Rua Lauro Pacheco, nº 158, no Bairro Vila Rica, criado nos termos da Lei nº 11.680, de 15 de março de 2018.
Art. 2º A placa indicativa conterá, além do nome, a expressão "Cidadão Emérito 1961 - 2018".
Art. 3º As despesas decorrentes com a execução da presente Lei correrão por conta de verba orçamentária própria.
Art. 4º Este Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Tropeiros, em 11 de
maio de 2 018, 363º da Fundação de Sorocaba.
JOSÉ ANTONIO CALDINI CRESPO
Prefeito Municipal
GUSTAVO PORTELA BARATA DE ALMEIDA
Secretário dos Assuntos Jurídicos
e Patrimoniais
ERIC RODRIGUES VIEIRA
Secretário do Gabinete Central
JEFERSON GONZAGA
Secretário da Segurança e Defesa
Civil
Publicada na Divisão de Controle
de Documentos e Atos Oficiais, na data supra.
VIVIANE DA MOTTA BERTO
Chefe da Divisão de Controle de
Documentos e Atos Oficiais
Este texto não substitui o publicado no DOM de 14.05.2018
Sorocaba, 26 de março de 2 018.
SAJ-DCDAO-PL-EX- 19/2018
Processo nº 9.939/2018.
Excelentíssimo Senhor Presidente:
Tenho a honra de encaminhar à apreciação de Vossa Excelência
e D. Pares, o incluso Projeto de Lei que dispõe sobre a denominação de "MARCOS ANTÔNIO DE CAMPOS"
a um próprio municipal e dá outras providências.
O próprio que ora pretendo
denominar trata-se do Canil da Guarda Municipal, criado pela Lei nº 11.680, de
15 de março de 2018 e tal denominação se justifica em face da relevante
trajetória percorrida pelo homenageado.
Marcos Antônio de Campos,
nasceu em Sorocaba no dia 19 de janeiro de 1961, apenas algumas semanas depois
de Jânio Quadros assumir o comando do Brasil com a promessa de fazer com que o
país continuasse avançando depois dos anos JK.
Filho de Tereza Aparecida
Campos (empregada doméstica) e Vicente de Campos (Coletor de lixo que se
aposentou na Prefeitura de Sorocaba), Campos aprendeu desde cedo valores que
carregou para a vida: cuidar do outro.
Tinha apenas 12 anos de
idade quando perdeu a mãe. Mas naquele momento já tinha herdado dela o caráter
sólido adquirido na primeira infância: trabalho e honestidade.
Esses valores de retidão,
disciplina e lealdade despertaram naquele menino o sonho em ingressar na
carreira militar. Sonho que se concretizou em seu primeiro contato com a
carreira quando se alistou e foi recrutado no Exército.
Essas características
levaram Campos ao Senai (escola de excelência na formação profissional e de
caráter de jovens e crianças). Formado em Torneiro Mecânico, Campos nunca
perdia de vista o seu sonho de servir na carreira militar, até chegar à Guarda
Civil Municipal, quando virou o soldado Campos, aquele jovem era ainda apenas o
Marco Antônio (Marcão) e a sua capacidade de organização, comando e
pontualidade o levaram a trabalhar como pizzaiolo, profissão onde acabou
ficando por durante 10 anos de sua vida. Quem tinha um parceiro como era Marcão
nunca queria perder a parceria.
Quando chegou o ano de 1984,
aquele período turbulento do Brasil que se iniciou com o seu nascimento lá em
1961, começava a chegar ao final, Marco Antônio decidiu dar um passo importante
na vida e se casou com Maria Inês, com quem teve sua única filha, Kátia.
Durante o governo de Paulo
Mendes, foi aberto o Concurso da Guarda Municipal de Sorocaba e a esperança de
trabalhar na carreira militar - que havia ficado apenas adormecida, novamente
foi despertada.
E foi no ano de 1992 que
Marco Antônio virou o Campos, como ficou conhecido o que se iniciava na sonhada
carreira de servir.
Trabalhou no terminal Santo
Antônio, na patrulha, apoio e Defesa Civil.
Recebeu o convite para
trabalhar diretamente com o Secretário de Segurança Pública, onde ficou até
2015, afastando-se por motivos de saúde.
Sempre foi um marido e pai
presente e um dos seus ensinamentos citava que "vivemos em uma selva, onde
tem cobras, aranhas, ursos, leões e temos que aprender a viver e lidar com
todos os tipos de pessoas".
"Que um bom dia, boa
tarde, e boa noite nunca é demais, e que obrigado, por favor e com licença,
abrem qualquer porta."
Sempre foi um homem que não
tinha hora e nem lugar para ajudar a sua família, amigos e até mesmo pessoas
desconhecidas.
Em 08 de Fevereiro de 2018,
devido a herança genética que seu pai deixou (aneurisma), como ele dizia, veio
a falecer e deixou a sua esposa, filha, seus três netos (Kayla,
Kael e Kauany), família e
amigos que jamais o esquecerão, mas deixou também o legado de retidão e
disciplina.
A primeira impressão sobre
Campos sempre foi a do homem grande. Não havia quem não brincasse com ele
devido sua altura. Pareciam 2,5 metros de altura e 3 de largura. Um gigante que
se impunha pelo olhar e pelo sorriso. Mas bastava um pouco de convívio para se
ver que aquele homem grande era na verdade, um grande homem.
Campos merece ainda ser
lembrado por sua generosidade e amizade. Afinal, tinha a rara vocação de sempre
tratar a todos com simpatia e quando se pronunciava era para dizer palavras
sábias, ou seja, apropriadas ao contexto de sua manifestação.
Aproveito a oportunidade
para reiterar protestos de estima e consideração, solicitando que a apreciação
da propositura se dê em REGIME DE URGÊNCIA estabelecido na Lei Orgânica.