LEI Nº 10.746, DE 6 DE MARÇO DE 2014
Dispõe sobre denominação de
"PASQUALE MILONE" a uma via pública de nossa cidade e dá outras
providências.
Projeto de Lei nº 464/2013 - autoria
do Vereador José Francisco Martinez
Gervino Cláudio Gonçalves, Presidente
da Câmara Municipal de Sorocaba, de acordo com o que dispõe o § 8º, do Art. 46,
da Lei Orgânica do Município de Sorocaba, e o § 4º do Art. 176 da Resolução nº
322, de 18 de setembro de 2007 (Regimento Interno) faz saber que a Câmara
Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Fica denominada "PASQUALE MILONE" a
Rua 02, que se inicia na Rua 05 e termina na Rua 08, do Parque Industrial
Prestes, nesta cidade.
Art. 1º Fica denominada “Pasquale Milone” a Rua 02,
que se inicia na Rua Carlos Arruda Filho e termina na Rua Amos Sandroni, do
Parque Industrial Prestes, nesta cidade. (Redação dada pela Lei n° 13.113/2025)
Art. 2º As placas indicativas conterão, além do nome,
a expressão: "Empresário Emérito 1930/2013".
Art. 3º As despesas com a execução da presente Lei
correrão por conta das verbas próprias consignadas no orçamento.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
A CÂMARA MUNICIPAL DE SOROCABA, aos 6
de março de 2014.
GERVINO CLÁUDIO GONÇALVES
Presidente
Publicada na Secretaria Geral da
Câmara Municipal de Sorocaba, na data supra.-
JOEL DE JESUS SANTANA
Secretário Geral
TERMO DECLARATÓRIO:
A presente Lei nº 10.746 de 6 de março
de 2014, foi afixada no átrio desta Câmara Municipal de Sorocaba, nesta
data, nos termos do Art. 78, § 3º, da LOM.
Câmara Municipal de Sorocaba, em 6 de
março de 2014.
JOEL DE JESUS SANTANA
Secretário
Geral
Este texto
não substitui o publicado no DOM de 14.3.2014.
JUSTIFICATIVA:
Pasquale Milone nasceu em Sarno na
Itália, migrou para o Brasil em 1953, após a 2ª Guerra Mundial, vindo a
estabelece-se na cidade São Paulo (Capital) onde trabalhou inicialmente como
mecânico e soldador no bairro do Brás.
Milone teve brilhante participação no
desenvolvimento industrial da mecânica brasileira, principalmente em
ferramentas rotativas especiais utilizadas nas fábricas de automóveis que se
expandiram a partir da década de 60. Com o sócio Leopoldo Funaro, criou a
Infer, indústria mecânica instalada hoje em Sorocaba. Conforme seu
historiógrafo Arpad Molnar - que finaliza o livro "Hurth Infer, 50
anos", a ser lançado em dezembro com tiragem limitada a clientes,
fornecedores e colaboradores. Milone conheceu o futuro sócio quando trabalhavam
juntos por sete anos na indústria Novarte, em São Paulo. Em 1963,
eles montam a Infer com um terceiro sócio, Nelson Boccoli, que deixa a
sociedade quatro anos depois.
A Infer começou com uma pequena
oficina na Lapa e cresce frente à necessidade de ferramentas especiais para a
indústria automotiva e de outros segmentos, como fresas circulares, ferramentas
rotativas para corte de engrenagens e outras peças de motores e transmissão. O
desenvolvimento de uma "rosca sem fim" serviu as primeiras máquinas
de assar frango, segundo Molnar.
Mesmo sem ter estudado engenharia,
Milone trabalhava em projetos de novas ferramentas para o setor industrial. A
empresa é obrigada a se mudar para um prédio maior ainda na Lapa. Em 1972, com
o crescimento da Infer, Milone e Funaro decidem procurar outra cidade para se
instalar.
A idéia inicial para a mudança da
Infer era Votorantim, mas por meio do Conselho Municipal de Desenvolvimento
Industrial (CMDI), que incentivava a a vinda de empresas para Sorocaba, os dois
sócios optaram para uma área na Avenida Rudolf Dafferner, Alto da Boa Vista. Na
época, o (CMDI) era liberado pelo presidente da diretoria executiva da Fundação
Ubaldino do Amaral (FUA) Laelso Rodrigues. Enquanto o galpão não ficava pronto,
a empresa ocupou provisoriamente um prédio já existente próximo a Avenida General
Carneiro, segundo Molnar. Um acordo comercial com a Hurth permitiu a produção
de cortadores "shaving" e desenvolvimento de novos tipos de
ferramentas para indústrias.
A Empresa se chama hoje Hurth Infer
(HI) e está instalada em três galpões, num total de 58 mil metros quadrados.
Funaro (falecido em 01 de novembro de 2013), o filho Rafael, e o filho de
Milone, Aniello Milone Neto, participam da direção.
Milone ajudou a trazer outras empresas
a Sorocaba e colaborou com o desenvolvimento da cidade, inclusive com
patrocínio e apoio a atividades culturais.
Deixa a esposa, Clarice, e dois
filhos, Aniello e Ester.
Falecimento em 22 de outubro de 2013.